Foto: Pedro Alves |
O jovem internacional português João Silva foi afastado da equipa do HC “Os Tigres”. A dispensa aconteceu na semana passada. “A meio do treino de segunda-feira, o treinador [ndr: Hugo Gaidão] disse que já não contava comigo”, relata João Silva. “Nunca mais fui contactado por ninguém da direcção”, lamenta.
Depois de uma época prestigiante, Os Tigres sofreram uma razia no plantel. Dos onze atletas que compunham a equipa principal, apenas João Silva resistiu. “Fiquei com a promessa de ser aposta esta época, apesar de ter tido propostas de outros clubes”, confessa. Para João Silva a situação do afastamento foi premeditada. “Sei que ainda na pré-época a direcção abordou a claque no intuito de deixarem de entoar cânticos com o meu nome porque eu era para ‘despachar’ até Dezembro, independentemente do resultado do processo do ADOP”, revela.
O atleta é alvo por parte da agência anti-dopagem de um processo semelhante ao que afastou Caio sete meses dos rinques por motivos burocráticos. Ainda assim, o jogador não vê motivos para o seu afastamento. “Sou um atleta emotivo mas nunca houve faltas de respeito”, assegura. “No início da temporada houve um momento de tensão quando me pressionaram a assinar sem pagamento dos valores em atraso e, aí sim, ameaçaram dispensar-me”. No entanto, ainda com “quatro meses a receber da última época”, assinou.
A convulsão interna vinda a público não passou ao lado do jogador. Foi interposta uma acção conjunta – que aguarda apenas um despacho do juiz para execução de penhora – por parte de 10 elementos da equipa visando o pagamento dos valores em dívida na qual João Silva preferiu não participar. “Acreditei na palavra da direcção”, afirma desconsolado, ainda que conhecesse os contornos de um processo em que os atletas tiveram de assinar um pacto de confidencialidade que os inibe de se pronunciar sobre os problemas do clube durante 5 anos para terem a carta necessária à vinculação numa nova equipa. Reconhece agora o seu erro. “O presidente quebrou sucessivos compromissos de pagamento, depois de uma época em que joguei pelos seniores e pelos juniores. Onde estava aí o respeito?”, questiona amargurado o jovem natural de Turquel.
A cumprir a primeira época com idade sénior – apesar de já ter sido aposta recorrente na equipa principal na época passada –, João Silva quer continuar a jogar. “Quero a minha carta”, reclama receoso que a mesma possa ser retida pelo clube. Para já, o foco será nos estudos, que também pesaram na decisão de ficar. “Quero ser engenheiro”, frisa o estudante de Engenharia Electrotécnica no ISEL.
Ao cabo de três jornadas, Os Tigres encontram-se no fundo da classificação. Na época passada, nos jogos em casa com Barcelos e fora com Valongo e Gulpilhares, a equipa de Almeirim não registou qualquer derrota e somou cinco pontos.
In Desporto Leiria
Depois de uma época prestigiante, Os Tigres sofreram uma razia no plantel. Dos onze atletas que compunham a equipa principal, apenas João Silva resistiu. “Fiquei com a promessa de ser aposta esta época, apesar de ter tido propostas de outros clubes”, confessa. Para João Silva a situação do afastamento foi premeditada. “Sei que ainda na pré-época a direcção abordou a claque no intuito de deixarem de entoar cânticos com o meu nome porque eu era para ‘despachar’ até Dezembro, independentemente do resultado do processo do ADOP”, revela.
O atleta é alvo por parte da agência anti-dopagem de um processo semelhante ao que afastou Caio sete meses dos rinques por motivos burocráticos. Ainda assim, o jogador não vê motivos para o seu afastamento. “Sou um atleta emotivo mas nunca houve faltas de respeito”, assegura. “No início da temporada houve um momento de tensão quando me pressionaram a assinar sem pagamento dos valores em atraso e, aí sim, ameaçaram dispensar-me”. No entanto, ainda com “quatro meses a receber da última época”, assinou.
A convulsão interna vinda a público não passou ao lado do jogador. Foi interposta uma acção conjunta – que aguarda apenas um despacho do juiz para execução de penhora – por parte de 10 elementos da equipa visando o pagamento dos valores em dívida na qual João Silva preferiu não participar. “Acreditei na palavra da direcção”, afirma desconsolado, ainda que conhecesse os contornos de um processo em que os atletas tiveram de assinar um pacto de confidencialidade que os inibe de se pronunciar sobre os problemas do clube durante 5 anos para terem a carta necessária à vinculação numa nova equipa. Reconhece agora o seu erro. “O presidente quebrou sucessivos compromissos de pagamento, depois de uma época em que joguei pelos seniores e pelos juniores. Onde estava aí o respeito?”, questiona amargurado o jovem natural de Turquel.
A cumprir a primeira época com idade sénior – apesar de já ter sido aposta recorrente na equipa principal na época passada –, João Silva quer continuar a jogar. “Quero a minha carta”, reclama receoso que a mesma possa ser retida pelo clube. Para já, o foco será nos estudos, que também pesaram na decisão de ficar. “Quero ser engenheiro”, frisa o estudante de Engenharia Electrotécnica no ISEL.
Ao cabo de três jornadas, Os Tigres encontram-se no fundo da classificação. Na época passada, nos jogos em casa com Barcelos e fora com Valongo e Gulpilhares, a equipa de Almeirim não registou qualquer derrota e somou cinco pontos.
In Desporto Leiria
Titulo: Cartão Azul
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