sábado, 6 de outubro de 2012

MAIS DO QUE UM CLUBE, A MODALIDADE!

Há muito a ser feito no Hóquei em Patins para recuperar a glória em tempos tida. Tal como Portugal, a modalidade vive - de alguma forma, na sombra do sucesso e influência que teve no passado. Mas, tal como no País, a responsabilidade extravasa para além da responsabilidade dos dirigentes (FPP ou clubes - quantos sócios comparecem nas assembleias dos seus clubes?). Ao invés de apenas se apontarem erros aos outros, começa a ser tempo de cada um de nós, como adepto ou agente da modalidade, fazer a sua parte.

Foto: Impala.pt

Somos uma modalidade rica em iniciativas, em informar, em divulgar, mas fazemo-lo na nossa comunidade e falhamos no “mercado” externo. Tal como o País, temos que exportar mais.
Sejamos sinceros: nós já somos apaixonados pela modalidade. O que precisamos é de contagiar os outros com essa paixão e entusiasmo.

Foi por isso que aceitei o convite de escrever num espaço fora da comunidade do hóquei em patins. Mais do que escrever para quem sabe e conhece de hóquei, escrever para quem não sabe mas quer saber porque é que alguém se apaixona pela modalidade.

Comecemos então.

Começa hoje o Campeonato Nacional de Hóquei em Patins da 1ª Divisão. Depois de uma distribuição diversificada dos títulos nas competições nacionais em 2011/12 (FC Porto - Supertaça António Livramento, SL Benfica - Campeonato e UD Oliveirense - Taça de Portugal), é com a expectativa redobrada que se inicia 2012/13. Expectativa de que se mantenha a competitividade que permite que tantos e diferentes clubes festejem títulos numa mesma época.

Tudo isto numa modalidade em que o contraste e as diferenças entre as equipas de estrutura profissional e as de estrutura amadora são por demasiado evidentes: Se os primeiros podem viver do (e para o) hóquei, os segundos contentam-se em viver para o hóquei quando a rotina diária o permite, seja nos momentos de treino após um extenuante dia de trabalho/estudo, seja na pausa do almoço ou no percurso diário de comboio, de carro ou de autocarro.

E é nos clubes de estrutura dita “amadora” que a diferença nas bancadas se faz sentir, com o público a assumir um papel importante não só nas receitas dos clubes mas, também e essencialmente, no desenrolar dos jogos: ora veja-se a proximidade entre a claque Ultras de Almeirim e a sua equipa, que reconhece a claque como o 6º jogador em rinque, por exemplo.

É nestes clubes que a paixão pelo hóquei cresce para lá da paixão pelo clube. E estes são os clubes ideais para servirem de montra da modalidade.

Se não tiver o que fazer hoje, arrisque algo diferente. Vá ver as montras e veja hóquei. Se não gostar, avise, não volto a sugerir-lhe.

(se não tem um clube na 1ª Divisão perto de si, tente a 2ª Divisão, muitas vezes com maior competitividade em rinque, dado o maior equilíbrio entre as equipas)

"Ninguém gosta de hóquei em patins..." dizem eles,
"Gosto eu" respondo com o orgulho de quem faz parte da modalidade.

CatarinaTq in Blog "O meu Mundo da Bola"

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