Com a devida vénia à Catarina Maria, não pude deixar de publicar este artigo para que todos os visitantes do Cartão Azul possam ficar a conhecer o mesmo.
... observam muitos daqueles com quem me cruzo.
E é na qualidade de “faladora” sobre hóquei em patins que aqui apareço, a convite dos já residentes autores deste blog :)
E é na qualidade de “faladora” sobre hóquei em patins que aqui apareço, a convite dos já residentes autores deste blog :)
Não esperem comentários técnicos, há já muitos por aí. O que me liga à modalidade não é isso. É sim o que liga muitos de vós ao futebol: a paixão por um clube. E como a modalidade é um mundo “pequeno”, facilmente a paixão pelo clube passa a abranger tudo o que à modalidade diz respeito.
E muitos daqueles com quem me cruzo acrescentam o porquê: porquê hóquei em patins, que é uma modalidade sem interesse, que não apaixona as pessoas e as massas, sem visibilidade, “morta”, etc..
E muitos daqueles com quem me cruzo acrescentam o porquê: porquê hóquei em patins, que é uma modalidade sem interesse, que não apaixona as pessoas e as massas, sem visibilidade, “morta”, etc..
Recorro às palavras de José Luís Peixoto, em Abraço:
"... se fosse altura do campeonato do mundo ou europeu de hóquei em patins, fazíamos sticks. Na rua, jogávamos hóquei em patins sem patins, porque nenhum de nós tinha patins, nenhum de nós sabia andar de patins e porque os patins nunca deslizariam nas pedras grossas da rua."
A diferença, do que ele escreve para o que eu vivi, é que lá na aldeia todos tínhamos patins, todos sabíamos andar e todos fazíamos parte do clube. E enquanto nas outras terras se jogava futebol na rua, nós jogávamos hóquei em patins diariamente no largo do pelourinho, sem patins para não estragarmos as rodas, com sticks velhos para não estragarmos os novos, com caneleiras de cartão, com bolas partidas ou de ténis e com balizas feitas do banco do jardim no qual os velhos da aldeia se sentavam para descansar, noutras horas que não as nossas.
Porque lá, na aldeia, o hóquei em patins não é um desporto, é um acontecimento social, uma forma de vida que faz da aldeia a Capital do Hóquei em Patins!
"... se fosse altura do campeonato do mundo ou europeu de hóquei em patins, fazíamos sticks. Na rua, jogávamos hóquei em patins sem patins, porque nenhum de nós tinha patins, nenhum de nós sabia andar de patins e porque os patins nunca deslizariam nas pedras grossas da rua."
A diferença, do que ele escreve para o que eu vivi, é que lá na aldeia todos tínhamos patins, todos sabíamos andar e todos fazíamos parte do clube. E enquanto nas outras terras se jogava futebol na rua, nós jogávamos hóquei em patins diariamente no largo do pelourinho, sem patins para não estragarmos as rodas, com sticks velhos para não estragarmos os novos, com caneleiras de cartão, com bolas partidas ou de ténis e com balizas feitas do banco do jardim no qual os velhos da aldeia se sentavam para descansar, noutras horas que não as nossas.
Porque lá, na aldeia, o hóquei em patins não é um desporto, é um acontecimento social, uma forma de vida que faz da aldeia a Capital do Hóquei em Patins!
Portanto, se não querem saber como é viver o hóquei em patins da forma como a maioria de vós vive o futebol, não me leiam; se querem saber e perceber, façam o favor de regressar.
"Ninguém gosta de hóquei em patins..." dizem eles,
"Gosto eu" respondo com o orgulho de quem faz parte da modalidade.
CatarinaTq in Blog "O Meu Mundo da Bola"
"Ninguém gosta de hóquei em patins..." dizem eles,
"Gosto eu" respondo com o orgulho de quem faz parte da modalidade.
CatarinaTq in Blog "O Meu Mundo da Bola"
1 comentário:
MUITO BOM. É isso mesmo Catarina, quem gosta de Hóquei sabe do que falas.
Enviar um comentário