Podemos dizer que quando duas equipas não querem perder o mais natural é empatarem e isso foi o que se assistiu entre as equipas do B.I.R e SC Tomar neste domingo em Valado dos Frades.
Foto de arquivo: FEP Fotografia Desportiva |
Desde o apito inicial da dupla de arbitragem lisboeta que se notou que quer uma equipa, quer outra, traziam a lição de casa bem estudada e o encaixe entre ambas era perfeito, ou seja os sistemas anulavam-se mutuamente fazendo prever que os golos a acontecerem, só fruto de jogadas individuais ou de desacerto momentâneo. Entrou mais atrevida a equipa Ribatejana mas os "Bibliotecários" nunca deixaram de responder e anular esse atrevimento da equipa forasteira. Sempre numa toada de parada e resposta as bancadas vibravam com as jogadas e com a expectativa de se saber qual a equipa que primeiro iria marcar e o efeito que um possível golo teria com o desenrolar da partida. A partir sensivelmente do meio da primeira metade, Hélder Coelho opta por refrescar a equipa com a mexida no seu plantel inicial, ao passo que Nuno Lopes mantinha de "pedra e cal" a sua equipa inicial. E foi neste cenário que numa jogada de contra ataque Nuno Domingues numa seticada do meio da rua descaído do lado direito, faz anichar a bola no fundo das redes da baliza à guarda de Nuno Peça. O golo deu mais alento aos forasteiros que aproveitando a ligeira quebra anímica da equipa da casa só não ampliou o score porque os ferros da baliza substituíram na perfeição o guardião do B.I.R., que a dois minutos do términos deste primeiro tempo, foi obrigado a ceder o seu lugar ao seu colega João Marcelino que mal teve tempo para conhecer os "cantos à casa" uma vez que o intervalo mandou os jogadores para as cabines com os forasteiros a vencerem por uma bola a zero e a merecerem perfeitamente a vantagem no marcador.
Resultado ao intervalo 0-1.
No reatamento, os locais cedo mostraram que vinham determinados a mostrar que não estavam ali para ser uma equipa simpática e o sinal mais passou a pender para a formação anfitriã. No entanto esse pendor mais ofensivo não era traduzido em golos porque uma das mais-valias da equipa Leonina traduz-se na eficácia com que defende o seu último reduto e se Fábio Guerra se mostra um guardião muito seguro, e experiência e a sobriedade de Nuno Domingues têm chegado até agora para as encomendas. Se aliarmos a estes dois elementos o sincronismo com que defendem os restantes elementos do grupo, então podemos dizer que parte do segredo desta equipa não ter conhecido o sabor da derrota, passa por aqui. Perante este panorama a emoção crescia a olhos vistos junto dos adeptos das duas equipas e foi agora a vez de as coisas se equilibrarem também nas bolas enviadas aos ferros da baliza mas desta vez para os donos da casa. Os Ribatejanos nunca deixaram de ser perigosos nas descidas à meia pista adversária mas Nuno Peça chegava para estancar e defender as suas redes com boas intervenções. Com o decorrer do jogo as faltas de equipa foram-se acumulando e à passagem do décimo quarto minuto a equipa forasteira comete a décima falta. Falta que Rafael Monteiro num gesto exímio coloca por cima do ombro esquerdo do guardião Leonino batendo-o sem apelo nem agravo. Estava restabelecido o empate e com bastante tempo para terminar a partida, tudo se reacendia novamente. A partir deste momento quer uma equipa, quer outra carregaram no acelerador mas para além dos livres directos falhados de parte a parte, nada, mas mesmo nada, fez alterar o marcador até ao apito final.
Resultado Final: B.I.R. 1 - Sporting de Tomar 1.
Foto de arquivo: FEP Fotografia Desportiva |
Podemos dizer que num jogo bem jogado por ambas as formações e com uma correcção exemplar a dupla Lisboeta constituída por José Nave e Jorge Carmona fez uma arbitragem segura e num Bom plano.
O empate vem premiar o esforço e o empenho das duas formações e aceita-se como o normal corolário do que foi produzido dentro da pista.
A equipa do Sporting de Tomar alinhou da seguinte forma: Daniel Leal (gr); Nuno Domingues, Gonçalo Santos; João Lomba; Hernâni Diniz; Dário Santo; Ivo Silva; Luís Silva; David Costa e Fábio Guerra (gr).
Crónica: J.C.
2 comentários:
Só um pequeno reparo, a troca de guarda-redes na equipa da BIR ocorreu na situação inversa...foi o Nuno Peça quem saiu para dar lugar ao João Marcelino.
Corrigido
Obrigado :)
Atenciosamente
Francisco Gavancho
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