domingo, 10 de março de 2013

DUALIDADE DE CRITÉRIOS NA DERROTA DA ACADÉMICA

A diferença esteve no tratamento dado a duas situações idênticas. Aos 20 minutos da primeira parte não é assinalada uma grande penalidade contra o Santa Cita. Aos 6 minutos do segundo tempo é assinalado penalti contra a Briosa que deu o golo que fez a diferença.

Foto: João Flores

Académica (3): André Rodrigues (GR), Gonçalo Oliveira (1), Diogo Lobo (1), Alexandre Marques e Nuno Monteiro
Banco – Bruno Santa (GR), Gonçalo Carvalho (Cap), Luís Ferreira, Carlos Fernandes (1) e Filipe Duarte
Treinador – Joaquim Romeiro

ACR Santa Cita (4): João Martins (GR), Tiago Pereira, Nuno Nobre (2), João Almeida (2) e Gonçalo Favinha
Banco – Rodrigo Saboga (GR), Rui Oliveira (Cap), João Barreiro, Eliseu Raimundo e Luís Costa
Treinador: Luís Cunha

Árbitros: António Peça e Armando Rodrigues (Leiria)

Duas partes distintas marcaram o jogo do passado sábado frente ao Santa Cita. A Académica contava com os regressados de lesão Gonçalo Carvalho e Luís Ferreira e alimentava a expectativa de tudo fazer para controlar o favoritismo do Santa Cita que tinha em Nobre e Gonçalo Marques as suas peças mais importantes. A estratégia passava por evitar que estes dois jogadores controlassem o jogo, para que a Académica pudesse apoiar o seu jogo no trabalho de equipa, no controlo de bola e no aproveitamento dos desequilíbrios na transição defesa ataque, surpreendendo os visitantes. Já o Santa Cita procurou, como se esperava apoiar-se no forte remate de meia distância e na arte de Gonçalo Marques.

O primeiro tempo foi equilibrado com os ribatejanos a aproveitarem um desvio da baliza com João Almeida a introduzir a bola, a seis minutos do fim, sem que a bola chegasse a ultrapassar a linha de golo. Muita confusão na área, sem que os jogadores da Académica conseguissem afastar a bola. A equipa da arbitragem aponta para o centro do campo. Estava feito o primeiro para o Santa Cita. Dois minutos depois, Nobre é deixado sozinho à entrada da área, descaído sobre o lado direito e com um remate forte e colocado fazia o 0-2. Golo que foi antecedido pelo que seria o primeiro caso do jogo. Luís Ferreira em boa posição dentro da área da equipa forasteira, arma o remate e, quando está prestes a rematar, sofre uma pancada do stick de um defesa. Seria penalti contra o Santa Cita. O árbitro não entendeu da mesma maneira e mandou seguir. Mas a Académica continuava a trabalhar e a jogar de igual para igual, procurando chegar à baliza adversária. E foi numa jogada rápida que Diogo Lobo triangulou com Filipe e fez o primeiro para os estudantes, aos 20 minutos.

Resultado ao intervalo:  1 - 2

No recomeço, manteve-se a toada rápida com jogadas perigosas para os dois lados. Aos 5 minutos da etapa complementar a equipa de arbitragem resolveu levantar o pavilhão. Numa jogada em tudo idêntica à que levou a equipa de arbitragem a não assinalar falta máxima contra os visitantes, não se fez rogada e, sem qualquer hesitação, assinala a marca de grande penalidade que viria a ser concretizada por Nobre, fazendo o 1-3. Aos 12 minutos Gonçalo Oliveira sofre nova carga dentro da área que não é sancionada e logo de seguida numa jogada rápida o ataque da Briosa, nova carga de um defesa do Santa Cita muito à margem da lei levou à amostragem do cartão azul directo e ao consequente livre directo, que Diogo não conseguiria concretizar, rematando ao lado. O jogo animava e a Académica mostrava querer ir mais longe, com o Santa Cita a não conseguir parar o ataque dos estudantes, a não ser à margem da lei. Ao ser assinalada a décima falta, na concretização do correspondente livre directo, Carlos Fernandes reduziria e, minuto e meio depois, Gonçalo Oliveira, na conversão de uma falta junto à área ribatejana, colocava a bola na baliza adversária sem que o guarda-redes a conseguisse parar. Estava feito o empate. A Académica jogava bem e com perigo. No entanto, a um minuto do fim, o Santa Cita faria o golo que lhe daria os três pontos, culminando uma jogada individual de Gonçalo Marques que deixou João Almeida sozinho junto ao poste esquerdo da equipa de Coimbra não perdoando.
Jogo emotivo e empolgante, com as duas equipas a darem tudo e a proporcionarem um bom espectáculo, mas no qual a Académica não merecia perder, tanto mais que esta dupla de arbitragem teve, mais uma vez, clara influência no resultado.

Académica de Coimbra – 3 - ACR Santa Cita - 4

Nota MAIS para o regresso de dois atletas da Académica que vêm de prolongada lesão, o capitão Gonçalo Carvalho e Luís Ferreira, que constituem um reforço necessário para equipa de Coimbra.

Nota MENOS para a equipa de arbitragem que, com a dualidade revelada no plano técnico e disciplinar, influenciou no resultado final. Esta dupla já tinha mostrado baixa qualidade no encontro entre o Entroncamento e a Académica, na cidade ribatejana, resultante de tratamento diferenciado à acção dos jogadores das duas equipas.

Luís Lobo – Informação e Comunicação AACHóquei

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