domingo, 23 de junho de 2013

A FINAL QUE TODOS AGUARDAVAM

UD Oliveirense e FC Porto apuraram-se ontem em Barcelos para a final da Taça de Portugal que terá lugar hoje no Municipal daquela cidade Minhota pelas 19:15, jogo que será dirigido por Rego Lamela (Minho) e Miguel Guilherme (Lisboa) sendo Rui Torres (Minho) o 3º árbitro.

Foto: Miguel Pereira / Global Imagens

A UD Oliveirense venceu no 1º jogo a AD Sanjoanense por 7-3 fazendo valer os “argumentos de primeira” e ao intervalo já vencia por 4-2. Gonçalo Alves que bisou no 1º tempo inaugurou o marcador logo no primeiro minuto. Tó Silva, Francisco Silva e de novo Gonçalo Alves colocaram a sua equipa a vencer confortavelmente, e quando se esperava que o "score2 se fosse dilatando a Sanjoanense reduz para 2-4 com golos de Xico Barreira e Hugo Santos. Na 2ª parte a equipa de Oliveira de Azeméis voltou a carregar no acelerador e aumentou 7-2 com Gonçalo Alves, Ricardo Ramos e Tó Silva a marcarem e a sentenciarem a partida. A equipa de São João da Madeira ainda reduziu para 3-7 por Hugo Santos mas o resultado não voltou a alterar-se até ao apito final de Rui Torres (Minho) e José Pinto (Porto).

«Tínhamos de assumir o jogo e fizemo-lo, aproveitando alguma ansiedade da Sanjoanense. Chegámos à vantagem de quatro golos, mas devido a alguma inércia nossa permitimos dois golos. Estamos na terceira final consecutiva e motivados para conquistar a Taça», disse Nuno Resende, treinador da Oliveirense. Por seu turno Vítor Pereira, técnico da Sanjoanense falou assim da partida «O importante foi estar entre os melhores e proporcionar uma excelente festa a este grupo e à massa associativa. Demos o nosso melhor, mas a Oliveirense mostrou muito mais e melhores argumentos. Julgo que esta participação serve para dignificar o emblema que apresentamos ao peito»

Este jogo foi a reposição de um derby sempre escaldante na região de Aveiro, entre as dus formações cuja rivalidade remonta às décadas de 70 e 80. Essa emoção esteve sempre na bancada e na pista. De salientar que nos 1/16 avos de final a Sanjoanense eliminou a ACR Santa Cita vencendo por 6-5 na marcação de grandes penalidades após o empate 3-3 no fim do tempo regulamentar, jogo esse disputado no Ribatejo.

Foto: Miguel Pereira / Global Imagens

No outro jogo o FC Porto assistiu-se a uma partida extremamente quente, à semelhança da grande maioria dos duelos entre estas duas equipas. Edo Bosch foi um dos responsáveis pela passagem dos azuis e brancos à final. Os portistas também contaram com um Reinaldo Ventura inspiradíssimo a aproveitar os escassos erros defensivos do Valongo. Reinaldo ventura inaugurou o marcador numa seticada fortíssima de meia distância, aumentando para 2-0 na marcação de uma grande penalidade e antes do intervalo, o mesmo Reinaldo Ventura fez o 3-0 resultado com que chegou ao descanso. Na 2ª parte João Souto reduziu para 1-3, mas Caio na marcação de um livre directo fez o quarto golo da sua equipa. Antes do apito final de Luís Peixoto (Lisboa) e Joaquim Pinto (Porto), Daniel "Poka" Oliveira reduziu para 2-4 estabelecendo o resultado final.

«Fizemos tudo para ganhar o jogo. Não foi por acaso que ficámos em 4º lugar no campeonato. Depois de eliminarmos o campeão europeu, perdemos frente ao campeão nacional. Não tivemos sorte no sorteio. Tenho de dar os parabéns aos meus jogadores. Dignificaram a camisola» disse Paulo Pereira, treinador do Valongo. Tó Neves técnico Portista comentou assim a partida «Foi uma vitória muito difícil, pois o Valongo nunca baixou os braços. Chegamos a uma vantagem confortável, mas não foi suficiente, pois o adversário deu muito trabalho. Foi um jogo com muita intensidade, mas sem ter sido um grande espectáculo. O essencial era chegar á final.»

Portistas e Oliveirenses encontram-se pela terceira vez numa final desta prova, tendo o triunfo caído sempre para os primeiros: 1986/87 e 1995/96.

Crónica teve como base reportagem do Jornal "A Bola", edição de 23 de Junho de 2013

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